A Prefeitura Municipal de Grão Mogol mobiliza reuniões para a campanha do dia de 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
A data foi instituída em 1988, incentivada por um crime ocorrido no dia 18 de maio de 1973, quando uma menina de oito anos foi sequestrada, drogada, espancada, violentada e morta.
Segundo o psicólogo do CRAS, Paulo Henrique Amorim, a data busca conscientizar toda a população sobre os riscos e a gravidade da violência sexual contra meninos e meninas, além de divulgar as medidas de denúncia e proteção, como por exemplo, o Disque 100 (número onde se pode denunciar os casos).
“Após as campanhas, o número de denúncias sobe. Isso demonstra a relevância da campanha para a sociedade, empoderando as vítimas levando informação a um grande público atendido”, disse o psicólogo.
A Secretária de Assistência Social, Valda Márcia, informou que a campanha é um trabalho conjunto entre as instituições da Rede de Assistência Social, Conselho Tutelar de Grão Mogol e a participação das Secretarias de Saúde e Educação.
No Brasil, de acordo com dados do governo federal, 17 mil ocorrências de abuso e violência foram registradas em 2019. Em Minas Gerais, segundo o Jornal Estado de Minas Gerais, 19 crianças e adolescentes foram vítimas de algum tipo de abuso por dia, totalizando 5835 denúncias entre janeiro e outubro de 2020.
Segundo o Conselho Tutelar de Grão Mogol, 28% dos casos que chegam estão relacionados a abuso e violência sexual de crianças e adolescentes.
Valda Márcia ressaltou que a campanha de 2021 será através das redes sociais: TikTok, Instagram, WhatsApp e Facebook. Criadas especificamente para a promoção do evento. O conteúdo será compartilhado também, durante todo o mês de maio nas páginas oficiais da prefeitura, para não colocar em risco a população de
vido ao COVID 19. “Vamos levar informações ao máximo de pessoas possíveis, durante todo mês teremos mobilizações on-line”, disse.
O prefeito Diêgo Antônio Braga Fagundes ressaltou a importância do Maio Laranja, “É importante que a comunidade abra os olhos e interfira nas situações de abuso e exploração, denunciando. Estamos lidando com um crime silencioso e que muitas vezes fica impune. É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual,” destacou.